Devo esclarecer aos meus leitores que o post "Na contramão: a revolução dos ervo-afetivos" fora escrito ainda sob o calor dos primeiros acontecimentos no campus da USP. Ao escrevê-lo eu não tinha todas as informações sobre o que realmente se passava lá. Hoje eu sei que todo o movimento não foi apenas pelo direito de fumar maconha.
Passados tantos dias, já sabemos que o movimento é extremamente político (no sentido literal da palavra), com participação de partidos e tudo mais. Também sabemos que há uma luta contra abusos por parte da reitoria e contra processos administrativos. Sendo assim, esclareço que o post está desatualizado, mas mesmo assim creio que ainda há algumas considerações que valem a pena serem ponderadas.
Mudei a minha opinião sobre a presença da polícia no campus? Não.
Mudei a minha opinião sobre a forma errada pela qual os estudantes trataram os policiais, depredaram o espaço e apedrejaram as viaturas? Não.
Mudei a minha opinião sobre a falta de argumentos dos alunos? Não.
Hoje vejo que a luta poderia até ser digna, mas os meios usados não o são. Não podemos, enquanto sociedade, tratarmos policiais como inimigos. O dia que isso se tornar comum, estaremos perdidos.
Sobretudo, está mais do que na hora de parar com essa mimação. O que vemos todo dia agora é gente que se acha no direito de quebrar as coisas quando seus anseios não são prontamente atendidos.